Quis ser Mãe Porque Sim!

Ainda se ouve muita na nossa sociedade os seguintes comentários:
“Os filhos só dão trabalho”
“Os filhos são uma prisão”
“Os filhos dão-nos cabelos brancos, rugas e noites mal dormidas”
….
Então porque é que decidiste ser mãe?
💭Se calhar pensaste que ser mãe traria um novo significado à tua vida.
💭Se calhar pensaste que sendo mãe a tua relação com o teu companheiro/companheira iria renascer.
💭Se calhar pensaste que ser mãe era o que todos esperavam de ti.
Mas tiveste uma gravidez difícil, ou um pós-parto assustador, birras atrás de birras, decisões difíceis de tomar… E ainda assim decidiste ter um segundo filho… Porquê?
💭Se calhar porque não conseguiste aproveitar a gravidez para cuidar de ti como gostarias e queres dar-te uma segunda oportunidade.
💭Se calhar porque não conseguiste amamentar e agora é que vai ser.
💭Se calhar achaste que não foste a mãe perfeita da primeira vez e agora, que já sabes como é, tudo vai ser melhor.
💭Se calhar tens irmãos e queres que o teu primeiro filho também tenha.
💭Se calhar não tens irmãos e gostarias de ter tido, por isso deste um irmão ao teu primeiro filho.
Se calhar… Se calhar…
Enquanto continuares a arranjar uma justificação para ser mãe, a única coisa que vais encontrar são sentimentos de culpa, ansiedade, frustração, incompetência.
 A tua experiência é como é, não se repete, não se racionaliza, não se compara, VIVE-SE!
Da próxima vez que te sentares para meditar e/ou respirar e a tua mente te perguntar… Porque é que decidiste ser mãe?
Responde apenas PORQUE SIM!
Também não é fácil para mim, acredita. Parece que para ser mãe tem que haver um motivo. Então procuramos referir-nos sempre aos sorrisos, aos abraços, à felicidade de ver os filhos felizes, a desenvolverem-se e a autorealizarem-se. Como se fosse uma missão de vida Cuidar destes seres e fazê-los crescer em segurança, com saúde, no “caminho certo”. Mas e se tudo isto não depender exclusivamente de ti?
Os filhos não são nossos, não nos pertencem. Nós simplesmente fazemos parte da sua vida na medida em que eles nos deixarem. Orientamos para que possam seguir UM caminho, seja ele qual for. Protegemos na medida em que podem ser protegidos, para que cresçam com confiança e capazes de se protegerem a eles próprios. Mas um dia eles vão mesmo tornar-se mais independentes, e tu continuas tu.
Então neste caminhada SÊ GENTIL PARA CONTIGO. Aceita o que vem, como vem. Termina com a busca incansável da felicidade perfeita. Ela já existe em ti !
Carolina Ricardo,