Quero engravidar, e agora?

Agora…

Depois de estares certa que está tudo bem contigo (ou que a patologia prévia está a ser
bem acompanhada) podes, com maior segurança, engravidar.

Por vezes, é rápido. Outras vezes, demora algum tempo. Invariavelmente, é sempre uma altura de
ansiedade, todos os meses: será que é desta?

É normal que não aconteça logo. Existe, cada mês, uma probabilidade relativamente pequena
de se engravidar. Por isso, não desesperes. As estatísticas dizem que é considerado normal não
se conseguir engravidar até dois anos de tentativas. Eu sei, isso são só números e nós
queremos o nosso bebé! Clichê: estar ansiosa não ajuda.

Se ao final de dois anos ainda não tiveres conseguido engravidar então sim, altura de procurar
ajuda diferenciada. Podes pedir ao teu médico de família a referenciação para a consulta de
fertilidade. Alguns hospitais (públicos) permitem a inscrição na consulta diretamente. É
importante saber que, pelo Sistema Nacional de Saúde, apenas são aceites para tratamentos
de fertilidade mulheres até aos 40 anos. Tem em mente que, a maioria terá listas de espera
de cerca de dois anos, pelo que tem em atenção a idade que terás: por exemplo, se te
inscreveres aos 39 e a espera superar o teu quadragésimo aniversário, então serás excluída.

Conseguiste engravidar! Tens um teste positivo, então deves marcar consulta de saúde materna no teu
centro de saúde e, se fores acompanhada por ginecologista/obstetra, também deves marcar uma
consulta.

Por vezes, a vida prega-nos rasteiras e tira-nos o tapete. Por vezes, existem abortos
espontâneos logo no início e pensas “ainda há pouco tinha um teste positivo”. Então surge dor e deceção.
Infelizmente, também é comum e normal acontecer. Deves na mesma realizar uma consulta
para teres a certeza de que está tudo bem contigo, física mentalmente. Dizem que a natureza é sábia… não atenua a nossa sensação de perda. Mas coragem. Se tiver que ser, em breve terás o teu bebé. E quando isso acontecer… é das maiores (e, talvez, melhores) aventuras da sua vida!

Estás preparada?

 

Por Vera Mouzinho (Enfª Especialista em Saúde Materna)